![]() |
Irmãs Burnett |
Eu já assisti a tanto documentários sobre essa data, principalmente
o 112 minutos que mudaram o mundo. Mas de todos,um realmente me tocou o coração: Os Órfãos de 11
de Setembro.Ele
mostra as crianças que foram assim apelidadas depois que perderam os pais em um
dos ataques.Caitlin Langone,a filha de um bombeiro,nem chegou a enterrar o pai.
‘Nem o corpo do meu pai, nem o do meu tio Peter foram
encontrados, mas, no fim, fizemos um funeral para eles. Nós não sabemos
exatamente o que aconteceu; mas eu sei que um homem se lembrava de ter falado
com um bombeiro alto de cabelos grisalhos, que o ajudou a sair de uma das
torres e depois voltou para ajudar outras pessoas. Eu tenho certeza de que era
meu pai: ele teria continuado ajudando as pessoas, tanto tempo quanto
precisasse. De certa forma, é a maior consolação que eu tenho que, pelos menos,
ele morreu fazendo o trabalho que ele amava’. Me lembro das irmãs Madison, Halley e Anna Clare
Burnett, alegres e
sorridentes que apareciam em programas de TV, falando em como o pai foi um
herói lutando contra os terroristas para não fazer o avião chegar ao destino
final.Me lembro do menino,Rodney Ratchford, que perdeu a mãe que trabalhava no pentágono,e
junto com ela perdeu o rumo também. "Depois
que a minha mãe morreu, eu fiquei com muita raiva. Eu queria machucar as
pessoas, por causa do que estava acontecendo comigo. Parecia muito injusto que
eu acordava todos os dias sem uma mãe para quem dizer bom dia’. Lembro-me
da menina muçulmana,Thea Trinidad,
que estava indignada pela morte do seu pai, que trabalhava no World
Trade Center. "O que eu achei
difícil foi viver, durante anos, com o pensamento de que a morte do meu pai foi
planejada – que era assassinato, e que os assassinos traçaram tudo por muito
tempo, e que ele ligavam muito pouco para as vidas das pessoas que eles
tirariam, ou para suas famílias. Eu
não odeio as pessoas por que elas são de determinada religião ou de certa parte
do mundo, mas eu odeio as pessoas que estava envolvidas – especialmente o Osama
Bin Laden. A morte dele neste ano foi certamente merecida: mas, por outro lado,
não trouxe o meu pai ou de ninguém de volta’. A verdade é que as vitimas
não se limitam só àquele dia, hoje, pessoas ainda enfrentam as consequências.
Para mim, hoje é um dia de reflexão. Penso na dor, no descaso,
na indignação, mas penso ainda mais na falta que a pessoa faz. A falta do
cheiro, do abraço, do tom de voz, do olhar, tirados de uma hora para outra, em um
piscar de olhos.Só quem já perdeu alguém que ama conhece essa dor, esse vazio.A
saudade é a que fica.A indignação também.
Não falo isso só pelo 11 de setembro, eu me lembro de
todos os outros. Do sangue de vários inocentes derramados que a história
mundial coleciona. Da primeira e da segunda guerra mundial, do atentado em
Madri, dos civis e soldados que foram mortos no Iraque, das guerras pela independência,
dos judeus, dos ameríndios e fechando um pouco esse círculo abrangente, me
lembro de canudos, da sabinada, das torturas feitas na época da ditadura, da
chacina indígena. Me lembro das crianças inocentes que foram mortas em Realengo,
me lembro da pequena Isabella Nardoni, da Eloah, me lembro dos 6 jovens que foram mortos
recentemente na Baixada Fluminense,me
lembro dos nomes das vítimas da violência que eu li no jornal.Me lembro que
nesse momento enquanto você está lendo esse texto, pessoas estão morrendo na
Síria,no Oriente Médio e na África.Para mim, tudo se resume a SANGUE INOCENTE
DERRAMADO.Meu onze de setembro é dedicado a todas elas: as vítimas da violência
que não mede o porque ou a quem.
Link para saber um pouco mais sobre o documentário:
http://extra.globo.com/noticias/mundo/orfaos-do-1109-contam-suas-historias-uma-decada-apos-atentado-2599644.html#ixzz26DSFPMma
OI. TUDO BEM COM VOCÊ? ESPERO QUE SIM. DE UMA CHEGADA NO SEU BLOG - AQUI- E DEPOIS PASSA NO MEU. ABRAÇOS.
ResponderExcluir